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Creatinina

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 Nota: Não confundir com creatina.
Creatinina
Fórmula estrutural
Fórmula estrutural da Creatinina
Fórmula espacial
Modelo espacial da Creatinina
Modelo espacial da Creatinina
Nome IUPAC 2-amino-1-metil-5H-imidazol-4-ona
Nomes comuns Creatinina
Fórmula química C4H7N3O
Aparência Sólido
simetria da molécula -
geometria da molécula -
Número CAS 60-27-5
Físicas
Massa molecular 113,118 um
Ponto de fusão 216 K (-57 °C) (pressurizado)
Ponto de ebulição 300 °C
Densidade 1.09 g/cm3
Unidades do SI são usadas quando possível. Salvo quando especificado o contrário, são considerados condições normais de temperatura e pressão.

A creatinina é um produto da degradação da fosfocreatina (creatina fosforilada) no músculo, e é geralmente produzida em uma taxa praticamente constante pelo corpo — taxa diretamente proporcional à massa muscular da pessoa: quanto maior a massa muscular, maior a taxa.

Através da medida da creatinina do sangue, do volume urinário das 24 horas e da creatinina urinária é possível calcular a taxa de filtração glomerular, que é um parâmetro utilizado em exames médicos para avaliar a função renal.

Ela é filtrada principalmente nos rins, embora uma pequena quantidade seja secretada ativamente. É livremente filtrada, não sofre reabsorção renal. Se a filtração do rim está deficiente, os níveis sanguíneos de creatinina aumentam. Este efeito é usado como um indicador da função renal. Entretanto, em muitos casos de disfunção renal severa, o nível de remoção de creatinina estará "superestimado" porque a secreção ativa da creatinina irá contribuir por uma grande fração da creatinina total que é removida. Taxas altas de creatinina e BUN (nitrogênio ureico do sangue) podem também ser um indicativo de desidratação quando a taxa de BUN-para-creatinina está anormal, com os níveis de BUN mais aumentados que os níveis de creatinina. Os homens tendem a ter níveis de creatinina mais altos porque eles possuem uma massa de músculo esquelético maior que a das mulheres.

Uso para diagnóstico

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A medida da concentração de creatinina no soro sanguíneo é um teste simples usado como o principal indicador da função renal. Um aumento dos níveis de creatinina no sangue é observado somente quando há um dano aos néfrons funcionantes. Logo este teste não é adequado para detectar uma doença renal em seu estágio inicial. Uma estimativa melhor da função renal é dada pelo teste de depuração de creatinina. A depuração (clearance) de creatinina pode ser calculada usando a concentração de creatinina no soro sanguíneo e alguns ou todas as seguintes variáveis: sexo, idade, peso e raça.[1] Alguns laboratórios irão calcular a ClCr se solicitada pelo médico; e, a idade, sexo e peso necessários estarão incluídos na ficha de informação do paciente.

Interpretação

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No Brasil e nos EUA, a creatinina é reportada tipicamente na faixa 0,7 - 1,5 mg/dL, enquanto no Canadá e Europa μmol/litro pode ser usado. 1 mg/dL de creatinina equivale a 88,5 μmol/l.

A referência típica para mulheres é considerada 0,5 a 1,0 mg/dL (cerca de 45-90 μmol/l), para homens 0,7 a 1,2 mg/dL³ (60-110 μmol/l). Entretanto, apesar de um nível de 2,0 mg/dL (150 μmol/l) poder indicar função renal normal em um fisiculturista (homem com grande massa muscular), um nível de 0,7 mg/dL (60 μmol/l) pode indicar alguma doença renal significativa em uma frágil senhora idosa.

Mais importante que níveis absolutos de creatinina, é a evolução dos níveis sorológicos de creatinina ao longo do tempo. Um nível crescente indica dano renal, enquanto um nível decrescente indica melhoria das funções dos rins.

Referências

  1. Diabetes Care, 2005 28(1):164-176.
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